Tópico 1 Justificativa Científica do Termo Empatia



À medida que a diversidade aumenta e o panorama socioeconómico sempre em constante mudança continua a ganhar forma, a necessidade dos professores criarem empatia com os estudantes, e os pais com os seus filhos(as), especialmente aqueles de diferentes origens económicas, também aumenta (Farstad Peck, Maude & Brotherson, 2014).

A empatia é a capacidade de um indivíduo compreender o comportamento dos outros, de experimentar os seus sentimentos, e de lhes expressar esse entendimento (Lam et al., 2011: 162; Rogers, 1959). Por outras palavras, a empatia tem uma dimensão coerente, que envolve a capacidade de sentir as coisas do ponto de vista dos outros e uma dimensão afetiva que interliga a partilha das emoções de outras pessoas (Boele et al., 2019: 1034; Ornaghi, Brockmeier & Grazzani, 2014: 26).

Usar empatia com um parceiro aumenta a satisfação da relação (Long, Carter, Nakamoto & Kalso, 1999; Ridley, Jorgensen Morgan & Avery, 1982).
Existem três fatores que são considerados importantes nas relações alunos(as)-professores e filhos(as)-pais Cooper (2011):  a) autenticidade, b) genuinidade, e c) respeito pelo outro.

A autenticidade
é uma forma de ensinar que pode (e, em muitos casos, deve) libertar o “verdadeiro” eu do outro e dar-lhes a mensagem de que quaisquer crenças ou inclinações são moralmente aceitáveis, desde que ouçam a sua “voz interior” (Bialystok & Kukar, 2018: 27).
A genuinidade é a vontade da pessoa partilhar experiências com os outros para ser capaz de admitir e aceitar a sua própria vulnerabilidade e estar aberta a ser tocada e influenciada pelas experiências dos outros (Gaylin, 1996).
A terceira condição é o respeito pelos outros. De acordo com Carl Rogers (1959) a consideração incondicional positiva é criar uma atmosfera de calor humano e respeito pelos outros devido à sua singularidade e individualidade.